25 de março de 2011

De Ananindeua no Pará, para a Vila Belmiro, para o mundo!

Do Pará para a Vila Belmiro, Quem trouxe Paulo Henrique Ganso para os gramados alvinegros foi ninguém mais, ninguém menos que o Messias, o nosso eterno craque G10. Chegou tímido ainda garotão, magrelo e de olhos arregalados no CT Meninos da Vila.

Quietão, sempre mostrou suas habilidades centrado dentro de campo e treinamentos, mostrando sempre maturidade e responsabilidade em treinos e jogos. Foi dia a dia mostrando-se para o time profissional. Revelado durante a gestão de Marcelo Teixeira, Paulo Henrique foi uma promessa que esteve sendo cumprida até dias atrás, em meados de agosto do ano passado, quando teve uma lesão grave que o tirou dos gramados por longos 7 meses.



Durante esse tempo, o jogador recebeu tratamento médico, fisioterapia, alimentação, atenção do clube SIM, senhor Paulo Henrique Ganso, recebeu o companheirismo dos outros atletas do clube, realizou muitas campanhas publicitárias onde pelo principal jamais foi esquecido. O torcedor Santista.
Campanhas como “Força Ganso”, contagem para a sua volta aos gramados era a febre das redes sociais na internet. Na rede só se comentava sobre o retorno do craque, até que um dia, eis que Paulo Henrique chega a uma coletiva de imprensa dizendo que o Santos Futebol Clube não o estava valorizando tal qual valorizavam Neymar.

Com um salário de R$130.000,00 por mês (isso sem contar os direitos de imagem que recebeu também, por meio de contratos publicitários milionários), Paulo Henrique Ganso se disse esquecido no clube durante sua recuperação. Ora, Paulo Henrique, em tratamento no maior REFIS do país e um dos mais invejados no mundo, referência em recuperação de jogadores, você nos vem com essa de que esteve “abandonado”. Muito estranho. Pois se não nos enganamos, isso veio a tona depois que o Departamento Jurídico do Santos entrou com uma liminar na justiça para reaver os direitos não só do senhor, Paulo Henrique, mas de outros atletas cujo a DIS tem partes pertencentes a seus passes.

Estranhamente depois dessa batalha judicial, o senhor veio a  público dizendo que “A Inter de Milão lhe valoriza mais do que o Santos”, ora, Paulo Henrique, como bem disse há alguns meses atrás, Odir Cunha em seu blog brilhante, para quem se valia dos churrasquinhos que a mãe fazia para serem vendidos a R$0,50 centavos, o senhor não deve se lembrar dessa situação. Que ingratidão o Santos Futebol Clube teve para com a sua pessoa Paulo Henrique. Seu salário nunca foi atrasado um minuto sequer, teve tratamento de primeira enquanto esteve fora dos gramados, teve vaga garantida para amistosos na seleção brasileira, é (ou até pelo menos era) idolatrado por 100% da torcida santista, será que isso é ser esquecido?

Será que, recusar um aumento de 300% sobre o salário atual, é uma forma de agradecer ao Santos, clube que te revelou graças a Giovanni Silva de Oliveira, aquele mesmo, revelado pelo Taça Luz em 1990, campeão Paraense pelo Remo em 1993, campeão da Recopa Europeia 1996-1997, campeão da supercopa da Espanha 1997, campeão da Copa do Rei 1996–1997 e 1998–1999, campeão da supercopa europeia, campeão espanhol 1997–1998 e 1998–1999, campeão Grego: 2000, 2001, 2002, 2003 e 2005, campeão Paulista 2010, campeão da Copa do Brasil 2010, Bola de Ouro da Revista Placar em 1995, Melhor jogador estrangeiro do campeonato grego em 2000, campeão do Torneio de Verão 1996, artilheiro do Campeonato Paulista - 1996 (23 gols), com 138 jogos pelo Santos, 73 gols pelo clube, e adorado por 99,9999% da torcida alvinegra, é assim que você se sente no direito de agradecer a estes que fizeram você aparecer ao Brasil e ao Mundo? É essa a gratidão que você tem por um jogador, que tem uma das mais bonitas carreiras profissionais que já jogaram no Santos, um portador de tantas histórias e títulos como Giovanni, você perdeu, Paulo Henrique. Sabe porquê? Porque você não é ao menos um quarto do que é e foi aquele te que revelou. Era e ainda é sabe porquê? Por quê de todos os craques que já passaram pelo Santos, Giovanni sempre foi o mais injustiçado pelo clube, e agora, por você Paulo Henrique. Porque você e a DIS, pensam em seus próprios bolsos, ao menos seus pais você ouve, Paulo Henrique. Uma pessoa que não ouve os próprios pais, seus conselhos, seus sentimentos, você não é digno do amor e admiração da torcida alvinegro-praiana Paulo Henrique.

Você não merece nunca ter vestido o manto sagrado número 10. Ele é imortal, ao contrário de você, que sim, é esnobe. Sim, você pensa somente nos benefícios financeiros, você só pensa no seu bem estar e não daqueles que te deram tudo o que você tem hoje. Sim, porque seu salário, fama e qualidade de vida que tens hoje, fomos nós santistas que demos a você, e é assim que você agradece?
Tomara Paulo Henrique, tomara que você tenha ainda pela frente uma carreira brilhante, tomara que você brilhe muito, na Inter, Milan, ou para qualquer clube que você quiser, mas lembre-se, você nunca será, um quarto do que nossos verdadeiros craques Pelé, Giovanni e tantos outros que vestiram a 10 foi. Você não é nada.


Eu me responsabilizo pelo que escrevo, e não por aquilo que você interpreta.

Post por Gabi Santástica
Artes e imagens: Alê Vitor

2 comentários:

  1. Ótimo texto. Que o calango leia isso e saiba que ele não seria nada se não fosse o SANTOS. Ingratidão é uma merda. Ele é bom jogador mas por mim não vestiria mais a camisa do SANTOS.

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  2. Boa tarde. Acabo de ler seu blog e gostaria de parabenizá-la pelo texto e palavras muito bem escritas acima!
    Em cada virgula, cada ponto e cada letra consegui sentir a paixão e amor que sente pelo nosso Santos F.C.
    Pode ter ctz que muitos torcedores estão tão decepcionados como você. E a decisão do Ganso é lamentável e confesso que estive na Vila Belmiro no retorno do mesmo contra o Botafogo-SP e no lance no primeiro gol cheguei a chorar de emoção por vê-lo em campo e fazendo o que sabe.
    A diretoria está TOTALMENTE certa e se o desejo dele é sair do Peixe, que se vá, porém que paguem pelo talento e para o Clube que mais revela craques neste País!
    Abraço.
    Parabéns !

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